Archive for Setembro, 2010
Mestrado em Fisioterapia – RAMO DE ESPECIALIZAÇÃO – SAÚDE DA MULHER
Mestrado em Fisioterapia
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, entidade instituidora da Escola Superior de Saúde do Alcoitão, torna público que, por despacho de 21 de Julho de 2009 do Senhor Ministro da Ciência , Tecnologia e Ensino Superior foi, ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo 69º do Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, alterado pelo Decreto-Lei nº 107/2008 de 25 de Junho, autorizado o funcionamento do ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em Fisioterapia, na Escola Superior de Saúde do Alcoitão, nos termos constantes no anexo ao presente aviso.
RAMO DE ESPECIALIZAÇÃO – SAÚDE DA MULHER
CANDIDATURAS Está aberta a 2ª fase de candidatura de 13 a 30 de Setembro de 2010.
Para mais informações:
Secretariado do Curso:
Ana Cristina Calado – fisioterapia@essa.pt
“Há mais casos de sida entre os 27 e os 40 anos”
Maria Eugénia Saraiva, Presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida, reage a relatório da Organização Mundial de Saúde.
Por:João Saramago
Maria Eugénia Saraiva – A crise afecta tudo e todos. Registamos um decréscimo de donativos de empresas nossas associadas, uma diminuição do número de sócios e uma maior dificuldade para o voluntariado. Perante o acréscimo do desemprego, os voluntários dedicam o seu tempo à procura de emprego.
– As necessidades dos utentes aumentaram?
– Sim, ao mesmo tempo subiu o número de utentes. Prestamos apoio alimentar, médico e de produtos de higiene a 450 famílias.
– Dados da Organização Mundial de Saúde revelam um aumento de doentes a receber tratamento anti-retroviral em Portugal e mesmo nos países pobres.
– Há um progresso, pelo que temos de continuar a apostar na prevenção e no diagnóstico precoce. Verificamos, em Portugal, um decréscimo entre os mais jovens, sendo na faixa entre os 27 e os 40 anos que se registam mais casos.
– Há hoje mais medicamentos?
– Há. Mas não podemos banalizar a doença. É importante a adesão à terapêutica.
Fonte: Correio da Manhã
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Há medicamentos que vão ficar dez vezes mais caros
Há medicamentos que já a partir desta sexta-feira vão passar a custar quase 11 vezes mais aos portugueses, mesmo com a descida dos preços em 6%. Consequência das alterações anunciadas há cerca de duas semanas pela ministra Ana Jorge, que implicam redução e mudanças nos escalões de comparticipação e no preço usado como referência para o apoio do Estado. Ontem ficou a saber-se que as embalagem vão também deixar de ter o preço marcado.
O caso do omeprazol, usado no tratamento das úlceras de estômago e um campeão de vendas, é emblemático. Actualmente, uma embalagem de 56 comprimidos de omeprazol (20 mg) custa aos doentes do regime geral 1,74 cêntimos. O preço da embalagem deste remédio, do qual são vendidas 300 mil embalagens por ano, é de 29,28 euros. Mas é comparticipado em 69%, o que significa que o Estado tem assumido o pagamento de 27,54 euros.
Mas na sexta-feira, quando entrarem em vigor as novas regras, a mesma embalagem vai ter um custo quase 11 vezes superior para o mesmo doente. Ele passará a pagar 18,84 euros, revelam os cálculos do impacto das medidas feitos por uma consultora a que o DN teve acesso. Isto porque o apoio do Estado diminuiu drasticamente, anulando o efeito da redução do preço em 6%. O escalão de comparticipação cai para os 37% e o preço base usado para calcular este apoio (preço de referência) diminuiu, passando de 39,91 euros para 23,47 euros.
Também uma embalagem de Pantoc 40mg, um antiácido e anti-ulceroso que vendeu num ano mais de 77 mil caixas, vai sofrer a mesma alteração do regime de comparticipação: passa de 69% para 37%. Isto significa que o utente em regime geral terá de pagar 40,79 euros em vez de 23,58 euros.
Mas há casos em que o aumento é pouco significativo, como é o do Nimed, usado para o tratamento da dor aguda, em que uma embalagem irá custar menos de cinco euros por causa de redução de preço de 6%. A partir de sexta-feira, o doente pagará mais por 1,56 cêntimos por caixa.
O Ministério da Saúde desvaloriza o impacto de subidas tão agravadas. “O omeprazol é uma das substâncias mais vendidas e também das mais antigas. E que mais medicamentos de marca e genéricos tem no mercado. O preço dos genéricos mais baratos apenas será afectado em cerca de um euro, por isso o doente tem sempre essa opção”, garante fonte do gabinete de Ana Jorge.
Ainda à espera de luz verde de Cavaco Silva está a decisão do ministério de acabar com a obrigatoriedade de as embalagens terem o preço marcado.
A medida evita que milhares de medicamentos tenham de voltar às farmacêuticas para serem remarcados até sexta-feira. O mais provável é que, tal como aconteceu com o aumento do IVA, o novo preço venha na factura, independentemente do valor que está na embalagem (ver texto ao lado).
O Ministério da Saúde explica que “o cidadão pode perguntar o preço do medicamento ao farmacêutico, que lhe dará informação do preço efectivamente a pagar”.
Fonte: Diário de Notícias
Notícias de ciência e saúde são as que mais destaque dão às mulheres em Portugal
As notícias sobre ciência e saúde são, em Portugal, as que mais destaque dão às mulheres, embora estas continuem a ter muito pouca voz no fio noticioso nacional, conclui um estudo internacional que analisou cerca de 18 mil notícias.
O estudo “Quem faz as notícias? Projecto global de monitorização dos media 2010” avaliou 1365 jornais, canais de televisão e de rádio e portais noticiosos, num total de 17 795 notícias que envolveram 38 253 pessoas.
Ao todo, foi analisada a imprensa de 108 países – incluindo Portugal -, representando 82 por cento da população mundial, refere, em comunicado, o Projecto Global de Monitorização dos Media (GMMP, na sigla inglesa).
Em declarações à agência Lusa, a coordenadora nacional para este estudo explicou que existem evoluções positivas desde a última análise, efectuada há cinco anos.
No entanto, adiantou Maria João Silveirinha, os dados agora apresentados também indicam que há ainda muito trabalho a fazer para que as mulheres sejam protagonistas da notícia de uma forma positiva e não para espelhar estereótipos, quer em Portugal quer no resto do mundo.
A análise por áreas temáticas evidenciou que é nas notícias sobre saúde e ciências que as mulheres enquanto fontes ou protagonistas surgem com maior incidência.
Contudo, adiantou a professora universitária, a subida de Portugal em termos de representatividade das mulheres nos últimos cinco anos deve-se, em parte, a uma subida na área temática governo/política.
“Quando chegamos à política e ao governo verificamos que em Portugal o número foi superior à média global: 24 por cento em Portugal e 18 por cento em termos globais”, compara Maria João Silveirinha, adiantando que é provável que a Lei da Paridade de 2006 tenha contribuído para estes valores.
Para a coordenadora nacional do estudo, é sempre difícil estabelecer uma relação de causa e efeito quando a análise se reporta apenas a um dia de notícias, como foi o caso (10 de Novembro de 2009). Contudo, sublinhou, “não será de todo errado dizer que este aumento em cinco nos se deve à Lei da Paridade”.
Mesmo assim, referiu, não há ainda equilíbrio, porque actualmente a presença de mulheres no Parlamento é de 27,4 por cento mas nas notícias surgem apenas em 24 por cento das peças jornalísticas.
As mulheres surgem em 32 por cento das notícias nas áreas social e legal e em 39 por cento na saúde e nas ciências.
O estudo revela que uma das áreas mais deficitárias é a economia, temática que tanto preocupa os países de todo o mundo. Nesta área, as mulheres só surgem em 15 por cento das notícias, o que, segundo Maria João Silveirinha, é muito pouco e não se tem registado um aumento em relação ao estudo anterior.
Por outro lado, adiantou, o estudo indica também que as mulheres aparecem pouco nas notícias como peritas em determinados assuntos, obtendo apenas paridade no que toca à opinião popular.
“Em Portugal apenas 8 por cento das notícias globalmente focam as mulheres e apenas 16 por cento colocam a voz das mulheres enquanto peritas. Há uma mulher para cinco peritos entrevistados”, referiu.
Ainda segundo a coordenadora nacional do estudo, os relatores identificaram a necessidade de haver um esforço para que se oiça a voz das mulheres em papéis positivos e não apenas como vítimas — as mulheres “têm quatro vezes mais hipóteses do que os homens de aparecerem como vítimas”.
Fonte: Diário de Notícias
Inquérito da Deco indica que metade das mulheres que realizam IVG não tem apoio psicológico
28.09.2010 – 07:37 Por Jennifer Lopes
Os resultados de um inquérito realizado pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) sugerem que estabelecimentos autorizados a realizar a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) não oferecem às mulheres a possibilidade de obterem ajuda psicológica.
Este apoio está consagrado na lei e tem de estar acessível às mulheres que necessitem de a ele recorrer. Luís Graça, director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Santa Maria, contraria os resultados e afirma que “todos os serviços têm assistentes sociais disponíveis para dar apoio”.
Cerca de metade das mulheres inquiridas diz não ter sido informada sobre a possibilidade de obter ajuda psicológica e confessa ter sentido necessidade de falar com um profissional. Para Luís Graça, os resultados contrariam o que na realidade acontece. Segundo o médico, todos os serviços oferecem às mulheres a possibilidade de terem apoio. “É oferecido na primeira consulta”, sendo depois opção da mulher recorrer ao apoio. “Aliás, a maior parte não quer”, preferindo ter o menor número possível de profissionais envolvido. O inquérito foi realizado em Portugal, Espanha e Itália entre Outubro de 2009 e Março de 2010. Foram obtidas 348 respostas anónimas, 35 das quais portuguesas. Segundo Luís Graça, “são realizadas cerca de 20 mil IVG, por ano, em Portugal”, não tendo os resultados “a mais pequena representatividade”.
De acordo com o estudo, o período de reflexão de três dias, obrigatório por lei, não foi imposto a uma em cada dez inquiridas. “Não é uma coisa que seja à vontade do freguês”, afirma Luís Graça. “Pode ter acontecido, mas em casos raros”. O método medicamentoso terá sido imposto a oito em cada dez mulheres que recorreram ao Serviço Nacional de Saúde. “Resolve 98 por cento das situações”, diz o médico, acrescentando que o método aplicado é o considerado mais adequado. Nas clínicas privadas, a maioria foi submetida a aspiração cirúrgica. “Aí é que não é oferecido o método medicamentoso”, reage.
A lei que permite a IVG até às dez semanas vigora há mais de três anos. Para Luís Graça, o balanço é positivo: “Diminuiu brutalmente a mortalidade devida a abortos”.
Fonte: Público
Laser para diagnóstico não invasivo
O laser poderá dentro de cinco anos tornar-se uma tecnologia corrente no diagnóstico de doenças como o cancro da mama, os problemas dentários ou a osteoporose.
A previsão foi feita pelo investigador norte-americano da universidade de Michigan Michael Morris e noticiada ontem pela BBC News on line.
O método de diagnóstico por laser, designado por espectroscopia Raman, está já a ser testado como instrumento de estudo dos ossos humanos, nomeadamente pela equipa de Michael Morris.
A espectroscopia Raman mede a intensidade e o comprimento de onda da luz disseminada pelas moléculas, fornecendo um padrão químico do que se está a estudar. “Quando há doenças, a composição química dos tecidos fica pouco ou muito alterada, dependendo dos problemas em causa”, afirmou o investigador à BBC News.
Fonte: Diário de Notícias
AGRAVAMENTO DA QUALIDADE DE VIDA DAS MULHERES
A Direcção Nacional do Movimento Democrático de Mulheres analisou a situação social das portuguesas face aos últimos dados divulgados que apontam para um sério agravamento da qualidade de vida das mulheres.
Alguns dos principais factores que levam a esta situação são:
- Aumentos dos preços nos bens essenciais
- Aumento do IVA e do IRS
- Alterações às regras de atribuição das prestações sociais que atingem particularmente mulheres grávidas, desempregadas, mulheres com deficiência, idosas, crianças
- Alteração na comparticipação de medicamentos
- Encerramento de escolas, entre outros.
A conjugação destes factores com uma elevada taxa de desemprego que não desce, com uma precariedade persistente que se alarga às camadas mais jovens, com baixos aumentos salariais e das pensões e reformas, faz com que a situação social das mulheres seja especialmente preocupante. A pobreza e a exclusão social alastram, atingindo mais duramente as mulheres.
Com um nível de vida cada vez mais precário, novos obstáculos se levantam à dignidade e à emancipação a que as mulheres aspiram e por que lutaram.
O MDM apela a todas as mulheres que se organizem e se juntem na reivindicação contra os cortes nos apoios sociais, por melhores condições de vida e de trabalho.
O MDM apela às mulheres que protestem e participem na Jornada de Luta marcada pela CGTP-IN para o próximo dia 29 de Setembro, em Lisboa e no Porto.
A Direcção Nacional
Lisboa, 25 de Setembro de 2010
Natacha Amaro – tmv. 961353044
Av. Almirante Reis, 90, 7º A |
1150-022 Lisboa |
info.mdm@netcabo.pt | |
218 160 980 | |
218 160 989 |
http://www.mdm.org.pt |
Évora – FORMAÇÃO A GRÁVIDAS
Horário: Laboral ou Pós-Laboral
Localização: Farmácia Paços | Travessa de Chartres, 10
Informações: 266 758 682
Email: pacos@mail.telepac.pt
Organização: AvoPaços – Farmácias e Serviços Farmacêuticos, Lda
Preço: Inscrição: 10€. Sessão mensal: 3€.
Fonte: U-Plasma
Diariamente 12 adolescentes são mães
26.09.2010 – 09:49 Por Bárbara Wong
São oriundas de famílias carenciadas, abandonaram a escola cedo e têm falta de objectivos profissionais. Para muitas raparigas entre os 12 e os 19 anos, a gravidez surge como “um projecto de vida, na ausência de outros”, revela Teresa Bombas, da Sociedade Portuguesa da Contracepção.
Os contraceptivos orais são o método mais usado pelas portuguesas, mas é também “o que falha mais”, alerta Teresa Bombas.
com Lusa
Vendidas mais 40 mil pílulas do dia seguinte que em 2009
por HELDER ROBALO
As farmácias e parafarmácias venderam nos primeiros sete meses deste ano mais 40 mil pílulas do dia seguinte do que em todo o ano de 2009. O aumento não preocupa os especialistas, que defendem que a utilização deste contraceptivo de emergência continua rodeado de mitos.
O disparar da procura deste medicamento – que evita uma gravidez indesejada se for tomado nas primeiras 72 horas após uma relação sexual desprotegida – é visível nos dados da IMS Health, que monitoriza as vendas de medicamentos de armazenistas a farmácias e parafarmácias. Só nos primeiros sete meses de 2010 foram vendidas 269 239 embalagens.
Os dados não surpreendem a chefe de Divisão de Saúde Reprodutiva da Direcção-Geral da Saúde (DGS). Lisa Vicente defende que “não são preocupantes”, nem têm implicações na saúde da mulher.
E explica que o número de consumidoras deste medicamento será bastante maior porque “tem aumentado a disponibilidade [deste método contraceptivo de emergência] nas consultas do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
A especialista alerta que esta pílula não deve ser usada como contraceptivo, mas defende que a mulher “não deve ter vergonha de recorrer a este método”. “Se existiu um erro contraceptivo o que é que é mais irresponsável? Ficar à espera que nada aconteça ou tentar remediar essa falha?”, questiona.
O problema com a pílula do dia seguinte “é que se lhe deu uma conotação negativa, de irresponsabilidade”. “Se a contracepção de emergência é mais usada é para diminuir o risco de uma gravidez indesejada”, salienta a responsável da DGS.
Infertilidade, aumento do risco de uma gravidez fora do útero ou má formação fetal. São alguns dos mitos que ainda rodeiam a pílula do dia seguinte e que explicam a sua má utilização em Portugal.
Mas segundo um documento divulgado em Março de 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o levonorgestrel – que está presente nas pílulas do dia seguinte disponíveis na maioria dos países – é seguro para a saúde da mulher, é expulso do organismo poucos dias após a toma e não impede sequer que a mulher possa engravidar em relações sexuais futuras.
“Mesmo entre as mulheres que tomaram mais do que uma pílula do dia seguinte no mesmo ciclo menstrual não foram relatados resultados adversos graves”, sublinha o documento da OMS, que desmistifica a ideia de que tal método de emergência causa deformações nos fetos. “Não é uma bomba hormonal”, defende Lisa Vicente, lembrando que “nos anos 60 as mulheres faziam contracepção diária de pílulas similares”.
No entanto, Lisa Vicente deixa um aviso sério à população feminina: “Se uma mulher precisa de fazer várias repetições no mesmo mês, então é preferível tomar a pílula contraceptiva regular, que é mais eficaz.” É que, mesmo nos casos em que a pílula de emergência é tomada nas primeiras 12 horas após a relação sexual desprotegida, esta apenas tem uma eficácia de 75%. Que vai descendo com o passar das horas.
“Se os dados são bons ou maus depende de a contracepção regular ter aumentado ou diminuído”, frisa a responsável da DGS. Já Ester Casal, ginecologista no hospital Garcia de Orta, diz que nas suas consultas “não se tem notado mudanças em relação ao ano passado no que diz respeito à procura”.
Fonte: Diário de Notícias