Archive for 21/10/2010
Portuguesas trabalham cinco horas mais do que a média europeia
Em Portugal, a mulher-média tem cerca de 41 anos e pode esperar viver mais 42 anos; é mãe pela primeira vez aos 28 anos e tem menos de dois filhos (em 2008, o número médio de filhos por mulher era de 1,37). Tem, por outro lado, um nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico e se estiver empregada trabalha essencialmente em actividades do sector público e dos serviços sociais. Em média, uma mulher empregada por conta de outrem trabalha 38 horas por semana.
Na União Europeia, a mulher-média tem cerca de 42 anos e pode esperar viver mais 41.
É também mãe pela primeira vez aos 28 e tem menos de dois filhos. Trabalha nos serviços públicos e sociais, cerca de 33 horas por semana e completou pelo menos o ensino secundário.
Também o homem-médio português estudou menos e trabalha mais. Tem cerca de 38 anos e uma expectativa de vida de mais 39 anos; tem também, como as mulheres portuguesas, um nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico. E se estiver empregado trabalha essencialmente em actividades relacionadas com a indústria, construção, energia e água. Em média, um homem empregado por conta de outrem trabalha 41 horas por semana.
Já o homem-médio europeu tem cerca de 39 anos e pode esperar viver mais 39; trabalha nos serviços comercializáveis, cerca de 40 horas por semana e completou pelo menos o ensino secundário.
Fonte: Jornal de Negócios
Gala de Beneficência a favor da Associação Oncológica do Alentejo
Quinta, 21st Outubro
|
Fonte: Diário do Sul
Parlamento Europeu quer expandir licença de maternidade
O Parlamento Europeu (PE) desafiou quarta-feira os governos dos Vinte e Sete ao pronunciar-se a favor do aumento da licença de maternidade de 14 para 20 semanas remuneradas por inteiro em todos os Estados-membros da União Europeia (UE).
A posição dos eurodeputados, assumida depois de mais de dois anos de negociações entre os diferentes grupos parlamentares marcadas por polémicas e adiamentos, foi aprovada por uma unha negra com base numa proposta de resolução da eurodeputada socialista portuguesa Edite Estrela, largamente apoiada pela comissão parlamentar dos direitos das mulheres.
Com vários grupos parlamentares divididos, o resultado do voto esteve rodeado da maior expectativa até ao último minuto. A proposta concreta das 20 semanas “passou” por 327 votos a favor contra 320.
Para Edite Estrela, a posição do PE “contribui para defender a saúde e a segurança das mulheres no local de trabalho, promove a igualdade de género e, ao mesmo tempo, representa um estímulo à natalidade”.
O voto de quarta-feira marca o arranque das negociações com o Conselho de Ministros da UE (onde estão representados os governos dos Vinte e Sete) para a conclusão de um acordo entre as duas instituições, sem o qual a nova legislação não pode entrar em vigor.
Vários governos estão, no entanto, desde já totalmente contra a posição do PE, e mesmo contra a proposta legislativa original apresentada há dois anos pela Comissão Europeia, que não ia além das 18 semanas. Bruxelas recomendou na altura a remuneração integral das mulheres durante este período, embora não tenha poderes nesta matéria.
O Reino Unido, onde as licenças de maternidade podem chegar às 34 semanas, mas as remunerações são muito baixas, é um dos países mais duros contra a posição do PE por causa da questão da remuneração por inteiro. A França, Alemanha e Suécia também já se manifestaram contra.
A federação europeia das associações empresariais – Businesseurope – considerou que a posição do PE vai custar muito caro às empresas e “complicará o recrutamento das mulheres”.
Fonte: Público
Grávidas com rastreio para detectar indícios de violência
por RITA CARVALHO
Experiência em Bragança deu bons resultados e vai ser agora alargada.
As grávidas vão ser sujeitas a um rastreio nacional com o objectivo de identificar sinais de violência doméstica não declarada. Os únicos dados disponíveis em Portugal indicam que 9% das grávidas são vítimas destas agressões. O anúncio foi feito ontem, no Porto, pela secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais.
A iniciativa surge na sequência de uma experiência realizada em Bragança pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte e que será agora alargada a todo o País. Nesse distrito, os médicos têm feito um inquérito às grávidas para detectar indícios de violência doméstica, sem que estas exponham declaradamente o problema. O caso que despertou uma das médicas de Bragança para a problemática foi o de um bebé que nasceu com malformação porque a sua mãe foi exposta a actos violentos durante a gravidez.
“Este projecto permitiu identificar um problema gravíssimo que deu origem à decisão de se avançar com um rastreio nacional às grávidas”, afirmou Elza Pais, salientando a necessidade de alargar esta experiência a todas as regiões do País.
Outra novidade no combate à violência doméstica é a aposta na formação de técnicos na área da saúde mental para prevenir e acompanhar casos de vítimas e agressores. “Se tiverem os conhecimentos específicos e adequados, os técnicos de saúde mental que trabalham nas consultas e urgências podem reconhecer e triar estes casos. Podem perceber que, por detrás de uma depressão, há um problema de violência”, explicou ao DN Caldas de Almeida, presidente da Comissão Nacional para a Saúde Mental.
Para que esta formação se concretize na região norte, foi ontem assinado um protocolo entre a Comissão Nacional para a Igualdade de Género, a ARS do Norte e a Comissão para a Saúde Mental. Este trabalho já começou na zona centro e em Lisboa e Vale do Tejo e tem permitido que os serviços dessa zona já tenham melhores condições para sinalizar e acompanhar vítimas e agressores.
Contudo, sublinhou Caldas de Almeida, “é bom não esquecer que nem todas as pessoas que são agressoras, seja deste ou de outro tipo, têm um problema ou uma doença psiquiátrica. Há pessoas que pura e simplesmente têm problemas de personalidade e a psiquiatria não tem a solução para as tratar”.
Fonte: Diário de Notícias